segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Novos tempos e novas tecnologias na educação?
E a leitura, será que sei ler?

Durante séculos e séculos, a leitura é um dos meios mais antigo e mais eficiente de se absorver o conhecimento. Com o passar do tempo, a informação e o “conhecimento” começaram a aparecer através também dos meios de comunicação, jornais, revistas, rádios e posteriormente televisões, Internet, onde não se deve confundir informação à educação, onde sabe-se que informação se transforma em conhecimento quando bem organizada. Porém, é sabido que o uso desenfreado dessas novas tecnologias na educação tem causado sérios problema aos alunos.
Muito se fala entre os profissionais da educação, na necessidade de se adaptar o modo de ensinar aos novos tempos e às novas tecnologias. Talvez no intuito de se modernizar, os profissionais deixam de lado o “pensamento analítico” e o substitui por “achismos”, fazendo com que seus alunos ao invés de se apropriarem de investigações bibliográficas, se abstêm dos livros para fazerem pseudopesquisas superficiais em “sites” na Internet. Usa-se filmes como forma de apropriação de conhecimento e não como outrora, onde era usado para complementação do conteúdo.
Através desse panorama, notamos que num país em que poucos terminam o Ensino Fundamental e alguns terminam o Ensino Médio chegando ao Ensino Superior, mesmo portando um Diploma Universitário, talvez não tenha a capacidade de ler com eficácia. Quantas vezes nos perguntamos “será que sei ler”, talvez nunca, nós seres humanos sempre achamos que sabemos demais, talvez um dos grandes problemas dos nossos tempos, o “achismo”, já citado acima. Para se ter noção do que falo, tente entender que as grandes editoras nacionais tem uma tiragem de 3.000 exemplares por livro para uma população de mais ou menos 193 milhões de habitantes ( salvo alguns best-sellers de ficção impostos pela indústria midiática ), sabendo-se que nem sempre que se compra um livro ele lido e se lido talvez não entendido. Com tamanha desproporção, notamos a “pobreza” em nosso país no campo da leitura.
"Ler, mais do que um simples ato mecânico de decifração de signos gráficos, é antes de tudo um ato de raciocínio no sentido da construção de uma interpretação da mensagem escrita a partir da informação proporcionada pelo texto e pelos conhecimentos do leitor e, ao mesmo tempo, iniciar outra série de raciocínios para controlar o progresso dessa interpretação de tal forma que se possam detectar as possíveis incompreensões produzidas durante a leitura". (CAMPS &COLOMER, 2002: 33).
Contudo, devemos sim nos adaptar aos novos tempos e às novas tecnologias, mas para que ela se torne um potencial favorável ao desenvolvimento da educação e não para nos acomodar, fazendo com que o alunos aprendam a ler não de forma passiva mas sim ativa, ou seja, lendo e dialogando com o texto a fim de entender os conhecimentos transmitido pelo autor.

Livraria Finca Barroca
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Prof. João Paulo de Souza Andrade
Licenciado em História pela UEMG
Mestrando em Educação pela Universidade Tecnológica Nacional da Argentina.

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